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Como usar as redes sociais de forma mais empática


Foto: freepik

O documentário “O Dilema das Redes”, lançado recentemente pela Netflix, abriu um polêmico debate sobre o poder manipulador das redes sociais na vida das pessoas.


Para quem já emergia na questão dos algoritmos e fazia uma análise mais crítica das redes sociais, talvez o tema levantado pelo diretor americano Jeff Orlowski não seja novidade. Mas não deixa de ser assustador.


A grande sacada é que, desta vez, os porta-vozes dos inúmeros efeitos nefastos das redes sociais foram grandes especialistas de big techs como Google, Facebook, Pinterest, YouTube, Twitter e Instagram.


Eles alertam sobre a perda de qualidade de vida com o uso viciante dos smartphones e como as grandes empresas de tecnologia lucram roubando a atenção dos usuários. Ao final, dão dicas de como não ser manipulado.


É claro que ainda não é possível saber como as pessoas irão reagir a essa “novidade”. Se entrarão em modo negacionista ou adotarão nova postura.


O que importa agora é que o documentário induz a reflexões importantes e que nos levam para algumas tendências que já estavam em voga. Uma delas é a responsabilidade das marcas.


A responsabilidade das marcas


Pare para pensar: a cada sequência de stories de um amigo hoje no Instagram, o usuário se depara com a publicidade de uma marca diferente, geralmente de um produto pelo qual ele já tem interesse (sim, por causa do algoritmo).


Ou seja, é uma enxurrada de produtos em um curto período de tempo. Qual deles o consumidor vai escolher? Com qual marca ele vai dar o match? A resposta é: o produto com melhor preço e a marca que transmite mais confiança.


Pelo menos é o que indica o Relatório Especial do Barômetro de Confiança: Confiança da Marca em 2020, da Edelman. Segundo o estudo, 53% das pessoas entrevistadas afirmam que a confiança é o segundo fator que influencia uma compra, atrás apenas do preço.


Mas exatamente o que essa confiança significa? Podemos mostrar com uma pesquisa da Accenture Strategy. Veja só:


  • 87% dos consumidores brasileiros desejam que as empresas sejam transparentes;

  • 83% compram de marcas que têm posicionamento e defesa alinhadas com seus valores de vida;

  • 79% preferem marcas que se posicionam sobre assuntos importantes;

  • 76% têm sua decisão de compra influenciada pelos valores da empresa.

Como os números não mentem e a confiança é algo que se constrói e não se compra, como isso pode ser feito? Vamos dar algumas dicas para sua marca se posicionar de forma mais empática nas redes sociais.


Repense/construa o seu branding


Faça algumas perguntas para que possa construir o seu branding, que nada mais é que a gestão de estratégias de marca da sua empresa. Qual mensagem sua marca passa? Que imagem você está criando? Qual reputação está construindo?


Garanta que seu negócio vai crescer de forma inteligente e duradouro, mas também que seja percebido de maneira positiva pelos consumidores. Marcas precisam de valores e de um propósito que irão guiar todas as suas ações.


Mostre ao público o comprometimento com causas


Ter um propósito é ter uma razão de existir. Por que sua marca foi criada? De que forma os fundadores queriam transformar o mercado? Quais dores queriam sanar dos clientes?


Há casos em que esse propósito se torna o slogan da marca ou uma frase que acompanha o logo. Ou seja, tem bastante força!


É com base nesse propósito que é possível buscar o comprometimento com algumas causas e mostrar ao seu público que a marca se posiciona para além dos produtos vendidos.


Humanize suas redes sociais


Esse é o caminho mais assertivo para a construção de relacionamentos verdadeiros e duradouros. E a humanização das redes sociais pode ser feita de várias formas: mostrando senso de humor, usando linguagem do cotidiano, reconhecendo erros, assinando os posts, envolvendo as pessoas na conversa, oferecendo soluções, desenvolvendo uma voz única e surpreendendo seus clientes.


Crie conteúdos de valor


Um bom conteúdo é aquele que oferece algo de valor para seu público, não importa se é informação ou entretenimento. É poder entregar justamente o que seu público quer ver. Por isso é tão importante conhecer o seu público-alvo e a sua persona.


Use as métricas a seu favor


As redes sociais têm métricas que, como o próprio nome diz, servem para medir o seu desempenho online. E elas não estão lá apenas para enfeite.


Há métricas que mostram quem clicou no seu conteúdo, quem compartilhou, quem salvou, quem visitou seu perfil, quais foram as novas descobertas. Por dia e horário.


Portanto, use as métricas para compreender o que seu público procura e ofereça isso a ele.

O que queremos dizer é que as redes sociais estão sendo alvo de críticas por induzirem à manipulação e ao lucro de grandes empresas. E não iremos discordar disso.


Elas até podem passar por processos de transformação, mas não vão acabar. E quanto antes sua marca se mostrar preocupada com o consumidor e se posicionar de forma empática, melhor para você! Fica a dica!

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